Para o diretor internacional do Freelancer.com, Sebástian Siseles*, o mercado de freelancer é bastante promissor e vem crescendo no Brasil e no mundo. O desejo de independência é um dos principais motivos para que uma pessoa deixe de ser empregada e passe a ser dono de seu próprio negócio.
1) Por que escolher uma carreira como a de freelancer?
O desejo de independência, autonomia e vontade de criar seu próprio caminho está no DNA dos latinos e é natural que haja uma busca constante para qualquer forma de independência. Muitos profissionais acham a vida mais emocionante como freelancer, já que podem trabalhar em seu próprio ritmo, gerir o seu tempo e ganhar dinheiro com os projetos.
2) Quais as perspectivas do mercado de freelancer para um profissional?
É uma tendência que está se firmando cada vez mais em todo o mundo e, particularmente, na América Latina e no Brasil. Há questões macros, como a tecnologia e a massificação da internet e, dentro destas, o surgimento de plataformas e aplicações que funcionam como elo entre os trabalhadores e as empresas, o que permite que ambas as partes possam realizar negócios mutuamente satisfatórios.
A internet como ferramenta tem apoiado, promovido e beneficiado esse fenômeno de expansão. Além disso, cada nova ferramenta e cada tendência tecnológica que são criadas tendem a fomentar e a consolidar o trabalho a distância.
O exemplo mais claro é o Freelancer.com, que a nível mundial conta com mais de 14,5 milhões de profissionais dispostos a trabalhar em qualquer tempo e em todo lugar, e mais de 7 milhões de projetos e vagas publicados pelas empresas.
Por outro lado, a incorporação da chamada Geração Y no mercado de trabalho está modificando a forma e o lugar onde os serviços são prestados. O estreito vínculo que essa geração possui com as tecnologias têm como característica diferencial a busca não tanto pela estabilidade profissional, mas pelo equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
O vínculo com a tecnologia e a busca pela flexibilidade no trabalho fazem com que os profissionais da Geração Y sejam abertos ao teletrabalho ou trabalho remoto. São jovens que sabem bem que os trabalhos podem ser desenvolvidos de qualquer lugar e sabem como utilizar todos os meios e plataformas para fazer projetos eficientes.
No Brasil contamos com mais de 210 mil usuários e esperamos ter mais de 500 mil nos próximos dois anos. É um mercado que, a nível mundial, pode chegar a 16 milhões de dólares.
3) Quais as vantagens para uma empresa que contrata um freelancer?
As empresas podem contratar pessoas independentes, freelancers, em vez de contratar empresas de serviços para as mesmas funções ou empregados por período integral. Os custos fixos desaparecem e isso contribui para uma melhora na eficiência dos processos, tornando as empresas de pequeno e médio portes mais competitivas.
Mas, acreditamos que, fundamentalmente, o maior diferencial é a possibilidade de escolher o mais talentoso profissional para o trabalho em questão dentro de um banco enorme de pessoas ao redor do mundo.
Com a utilização de plataformas como freelancer.com se obtém um acesso quase ilimitado a trabalhadores e profissionais de todo mundo, dispostos a atuarem a distância com alta qualidade e sem limitação de fronteira, horários ou idiomas, por preços competitivos.
Por isso, as pequenas e médias empresas são as principais contratantes de profissionais na nossa plataforma. Se fossem contratar pessoas por tempo integral talvez não pudessem pagar.
Agora, muitos se perguntam sobre a “canibalização” de preços ou de renda para os trabalhadores, e a realidade é exatamente o oposto. O que fazemos é reduzir a cadeia de intermediários: o contratante paga menos e o empregado reivindica mais. A redução de custos não é contra o trabalhador. Na verdade, elimina-se o intermediário.
4) Quais as maiores dificuldades que um freelancer precisa superar?
As pessoas que decidem trabalhar com essa modalidade podem desfrutar da liberdade ou reclamarem da carga de trabalho. Cada trabalho, seja por projeto ou prazo determinado, depende da empresa para qual se trabalha.
Creio que o maior desafio é a transição de empregado para freelancer. É fundamental fazer um bom cronograma com as datas de entregas e os pedidos específicos para cada trabalho.
A organização implica também na organização financeira. É preciso estar sempre buscando um novo projeto e se planejar em função do que se vai conquistando.
5) Como elaborar um preço justo para os serviços de freelancer?
Primeiro, acredito que o mais importante seja escolher uma área de habilidade, algo que você saiba fazer, e ficar satisfeito com o valor desse setor e, assim, ir conseguindo mais e melhores trabalhos, aumentando seu preço.
O trabalho mais difícil de ganhar será sempre o primeiro. A vantagem do freelancer.com é que ninguém vai estabelecer um valor pelo seu trabalho a não ser você mesmo. E aqui entram as variáveis do mercado de freelancer, principalmente a qualidade, prazo de entrega e trabalhos já realizados.
O mercado vai dar um indicativo de quanto cobrar. A realidade é que qualidade e prazo de entrega são pontos importantes na hora de elaborar seu preço. Sugiro que, assim como na vida real, não coloque um preço caro e sim um valor digno e competitivo. Ganhe reputação e vá subindo o preço devagar.
6) É possível ficar rico com essa profissão?
É uma pergunta que não tem resposta única. Alguns vão ser, outros não. Por exemplo: temos um usuário na Índia que fatura mais de 1 milhão de dólares por ano. Quantos executivos podem ganhar esse dinheiro? Alguns ganham até mais, mas outros não chegam nem perto desse número.
O conceito de “rico” varia muito de pessoa para pessoa. Um freelancer pode ganhar 500 mil dólares por ano, é rico ou não?
Você pode dispor de seu tempo, ganhar esse dinheiro de acordo com sua própria vontade de trabalhar e equilibrar sua vida pessoal com a vida profissional. Dessa maneira, você seria muito mais rico do que um alto executivo que trabalha 16 horas por dia e ganha, por exemplo, 1 milhão de dólares, mas não tem férias?
7) Como gerenciar a carreira de forma satisfatória?
Eu acho que tudo mudou, seja no trabalho ou na forma de trabalho, e tudo deve ser o resultado de um processo e não uma reação abrupta.
Na nossa plataforma, vemos muitos casos com o seguinte processo: uma pessoa que é funcionária começa a procurar oportunidades de freelancer via web para ganhar um extra no seu tempo livre.
Ela cria seu perfil na plataforma e começa a ganhar algum dinheiro extra. Com uma boa quantidade de trabalhos e avaliações positivas, fica mais fácil e mais rápido para ela conseguir mais serviços no futuro dentro do site.
Se um freelancer é bem-sucedido, trabalha de forma responsável, cumpre os prazos, tem qualidade no trabalho e no orçamento, vai chegar um momento em que o número de serviços que podem ser gerados vai fazer com que ele se questione se deve se dedicar em tempo integral para ser um freelancer ou continuar a ganhar dinheiro extra nas horas de folga.
Muitos escolhem o caminho da independência absoluta e, assim, passam a trabalhar em tempo integral na internet.
Temos muitos casos em que o fluxo de trabalho de um freelancer cresce tanto que ele sai da empresa, abre seu próprio negócio e contrata pessoas para ajudá-lo. É a transição de empregado para empresário que continua a surpreender.
*Sebástian Siseles é formado em Direito, pela Universidad de Buenos Aires, e em Marketing, pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales, com MBA pela University of Pittsburg. Sebastian é diretor internacional do Freelancer.com. Especialista em finanças corporativas e práticas gerais de negócios, o executivo também fundou, em 2009, a Weemba.
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1 thought on “Mercado de freelancer: vale a pena entrar nessa?”