O desemprego e o aperto financeiro foi o que levou este profissional a procurar trabalho pela internet e a encontrar um novo posicionamento no mercado de trabalho através de sites freelancer.

Hoje este jornalista pernambucano que mora em São Paulo há sete anos, vive exclusivamente de seus ganhos como freelancer. Nesta entrevista exclusiva ao Topfreelas, ele conta em detalhes como consegue jobs, que estratégias utiliza e ensina como a crise pode ser uma oportunidade para mudar de vida.
1. Há quanto tempo trabalha como freelancer e quais motivos levaram você a iniciar nessa carreira?
Atuo como freelancer há três anos. Acredito que os meus motivos sejam os mesmos da maioria dos profissionais: poucos empregos na área de atuação.
Pra mim, o começo no mundo freela foi mais uma necessidade, pois estava desempregado e precisava pagar as contas.
Mas como passar do tempo, fui ganhando reputação e muitos trabalhos. Então o que começou como uma necessidade acabou se tornando uma escolha.
2. Como foi o seu começo e quais dificuldades encontrou?
Como já dizia Karl Marx: “Todo começo é difícil em qualquer ciência” e apesar do trabalho freela não ser uma ciência (tecnicamente) também tem seu começo bem complicado.
Inicialmente, ao procurar as diversas plataformas de trabalhos freela, tive grandes dificuldades com a minha falta de experiência no contato com os clientes.
Não sabia quanto nem como cobrar por cada trabalho, ou seja, não tinha parâmetros.
Além disso, a falta de um portfólio e de uma boa colocação nos sites de freelancer também acabaram sendo um peso negativo pra mim.
3. Como você faz para captar clientes pela internet?
As plataformas são a minha porta de entrada para a maioria dos clientes que tenho atualmente.
Atualmente, tenho uma extrema preferência por duas plataformas de trabalho freelancer, que é o 99 Freelas e Workana. Ao meu ver são dois sites bem estruturados que têm um bom fluxo de jobs.
No entanto, minha maior captação de jobs ainda é pela indicação dos clientes satisfeitos e pelo meu site/portfolio, cujo endereço vai linkado em minhas assinaturas.
4. Que estratégias você usa em suas proprostas para conseguir jobs nos sites freelancer?
Em primeiro lugar procuro ser bem educado com os clientes, procuro passar uma sensação de confiança e de profissionalismo em minha apresentação.
Em segundo lugar, leio cada detalhe do projeto e só mando um orçamento quando já não tenho nenhuma dúvida.
Antes de mandar as propostas faço perguntas e me mostro interessado pelo trabalho.
Muitos clientes não sabem ou não explicam muito bem o que querem, então “desvendar” os mistérios e as coisas mal explicadas acaba sendo um dos diferenciais que fazem com que eu consiga bastante jobs.
5. Como você vê o trabalho freelancer em relação a um emprego formal de carteira assinada?
Eu vejo algumas vantagens do trabalho freela, por exemplo:
[pullquote-right]Hoje me dedico em tempo integral às atividades freelancer. [/pullquote-right]
– Tenho mais flexibilidade quanto ao meu tempo de trabalho.
– Trabalho em casa, na maioria das vezes – que é mais confortável e agradável.
– Não preciso ficar dando satisfação a chefes ou patrões.
Por outro lado:
– Não tenho estabilidade financeira. Em um trabalho com carteira assinada, por exemplo, minha base salarial é de 3.000 a 3500. Como freela há meses que eu posso tirar 6000 e há meses que eu só consigo 2000.
– Não tenho convênio médico e odontológico e a maioria dos outros benefícios trabalhistas.
– Se ficar doente posso perder muitos trabalhos, pois há clientes que não podem esperar e os projetos precisam ser entregues nos prazos.
6. Qual a sua opinião sobre o cenário atual e futuro para o mercado freelancer no Brasil?
Acredito que o trabalho freela não é mais uma tendência como a maioria dos especialistas dizem, vejo o mercado freelancer como uma realidade que tende a ser cada vez mais vista no Brasil, tanto por causa da crise financeira, que gera desemprego, quanto pela necessidade de ganhar um dinheiro extra.
Infelizmente é um mercado que ainda é muito desvalorizado e visto como mão de obra barata.
Acho que essa desvalorização se dá, principalmente, pela submissão de muitos profissionais qualificados, que para ganharem alguns projetos acabam cobrando muito menos do que merecem.
Acredito que uma mudança de postura é necessário para inverter esse quadro no futuro.
7. Quais dicas você daria para quem quer começar a captar jobs em plataformas de sites freelancer?
Paciência. Acho que essa é a palavra.
No começo é comum ganhar muitos “nãos”, tanto pela falta de experiência nas plataformas quanto pela falta de um bom porftolio.
Para quem ainda não tem um portfolio, sugiro que os primeiros trabalhos nas plataformas sejam feitos por um valor mais competitivo (mas justo) por que a competição é muito grande.
Um erro comum, principalmente entre os freelas iniciantes, é criar um texto padrão para as propostas. Acreditem: os clientes sabem diferenciar um texto padrão e um texto personalizado para suas propostas.
Para quem quer se destacar e ter seus orçamentos lidos, sugiro que faça uma proposta personalizada para cada projeto, inclusive a apresentação.
Cada cliente tem uma linguagem diferente e necessidades diferentes. As propostas competitivas vão ser aquelas que se encaixarem mais com o estilo e perfil de cada cliente.
E por último, mas não menos importante, acho que é essencial ter comprometimento com os clientes.
Se quer ter credibilidade, ser indicado e prosperar nas plataformas freelancer é necessário ter uma boa avaliação dos seus clientes.
Entregar os jobs nos prazos é fundamental.
Resumindo… Paciência, uma boa apresentação, um bom portfolio, se mostrar interessado pelos trabalhos e fazer propostas personalizadas a cada job são as coisas que sugiro pra quem está começando.
* Renato Mendes é jornalista formado, webdesigner e especialista em marketing digital.
Em 2015 começou a programar em PHP e Java Script, o que me abriu muitas portas no mundo freelancer e nas agências de comunicação em São Paulo.
Hoje atua como freelancer em tempo integral nas áreas de comunicação digital, programação de sites, escrita de textos, estratégia de SEO e marketing.
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